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Quais são os benefícios da prática de exercícios físicos após o infarto do miocárdio? |
O infarto do miocárdio, conhecido popularmente como ataque cardíaco, caracteriza-se por uma obstrução aguda e intensa do fluxo de sangue nas artérias do coração, chamadas de artérias coronárias. O resultado desse processo é a morte (necrose) nas células do músculo cardíaco (miocárdio).
A maioria dos casos de infarto do miocárdio são causados pela aterosclerose coronariana, ou seja, o acúmulo de placas de gordura nas artérias do coração.
A prática regular de exercícios físicos vigorosos em pacientes após infarto do miocárdio demonstrou redução significativa do risco de morte cardiovascular e mortalidade global (morte por todas as causas).
O risco de morte súbita ou novo infarto é muito baixo nos programas de reabilitação pós-infarto: 1 para 784 mil e 1 para 294 mil horas de exercício respectivamente.
Estudo recente com cerca de 30 mil mulheres australianas, desenvolvido pela Universidade de Queensland, concluiu que, acima dos 30 anos, o sedentarismo supera o excesso de peso, a hipertensão arterial e o fumo como maior fator de risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Uma metanálise (análise conjunta dos resultados de vários estudos) realizada em pacientes pós-infarto em programas de reabilitação demonstrou redução de 24% na mortalidade global e de 25% na cardiovascular. A recorrência de IAM não fatal não foi afetada.
O treinamento físico produz melhora modesta do perfil das gorduras do sangue. Outra metanálise de 95 estudos concluiu que o exercício levou à redução de 6,3% do colesterol total, de 10,1% do LDL ("colesterol ruim") e de 13,3% da relação colesterol total/HDL. O HDL ("colesterol bom") aumentou em 5%.
Registra-se, no entanto, redução da prevalência de partículas de LDL pequenas e densas, as quais favorecem ao aparecimento da aterosclerose. Talvez este achado seja o maior benefício no que tange ao perfil lipídico.
Fonte: V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. |
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